Airsoft (ou Softair) é um jogo desportivo onde os jogadores participam em simulações policiais, militares ou de mera recreação com armas de pressão que atiram projéteis plásticos não letais, utilizando-se frequentemente de táticas militares.
As armas estão em escala de 1:1 (ou às vezes mini ou '3/4'), podem ser de metal, plástico (ABS) e/ou madeira
e disparam projéteis de 6 que pesam entre 110-600 miligramas
(conhecidas como BB's). A propulsão da arma pode ser através de molas
(springers), mecanismos elétricos (AEG) ou gás comprimido incluindo gás
propano (ou green gas, que é propano adicionado com óleo lubrificante, como o silicone por exemplo), cápsulas de CO2, ar ou gás refrigerante HFC134a.
No Brasil,
o Airsoft começou a ser divulgado em 2003 pelo Portal Airsoft Brasil
(airsoftbrasil.com). Após diversas reuniões com a Diretoria de
Fiscalização de Produtos Controlados, o airsoft passou a ser conhecido
pelo Órgão do Governo Brasileiro que regula os produtos considerados
controlados no país. Esta reunião deu início a elaboração de diversas
minutas que resultaram na edição da atual Portaria que oficialmente cita
o nome airsoft no Brasil. Sendo assim em Dezembro de 2007, foi lançada a
PORTARIA Nº 006-D LOG, que regulamenta o uso dos equipamentos usadas na
prática do esporte airsoft.
Em fevereiro de 2010, o exército publicou então a Portaria 002
Co-Log, que revogou a portaria anterior e passou a exigir que as armas
de pressão de airsoft tenham a extremidade pintada de laranja ou vermelho vivo para diferenciá-las das armas de fogo.Graças a portaria e ao aparecimento de lojas nacionais a comunidade dos
jogadores está cada vez mais ativa e crescente, o esporte tem sido mais
divulgado e já conta atualmente com centenas de jogadores.
O Airsoft têm se tornado também importante ferramenta de adestramento
de tiro a baixo custo e alto realismo a forças militares e policiais.
Tecnicamente, no Brasil, armas de airsoft são classificadas pelo
Exército como "armas de pressão" sejam elas por ação de mola ou ação de
gás. A aquisição das armas pode ser feita por pessoa maior de 18 anos em
lojas autorizadas pelo Exército. Para armas a gás exige-se,
adicionalmente, um registro adicional do comprador perante o Exército,
chamado de "CR" (certificado de registro). Portanto, no Brasil não é correto chamar as armas de Airsoft de simulacros nem de marcadores, posto que simulacros não têm capacidade de tiro, e marcadores não possui definição legal em lei.
A comunidade de jogadores é bastante ativa a grande maioria dos
grupos exige que o jogador apresente nota fiscal de loja devidamente
autorizada pelo Exército para poder jogar, inibindo assim o descaminho e
importação ilegal de tais armas, prática que tornou possível o
desenvolvimento sadio da modalidade, com a presença no País de diversas
lojas regularizada para a venda de armas de Airsoft e insumos para os
jogadores. Em praticamente uma década de atividades não se tem notícia
de nenhum acidente mais grave entre jogadores no Brasil, sendo que a
única recomendação obrigatória é o uso de óculos de proteção, embora
alguns jogadores prefiram também usar máscaras para proteger toda a
face.
A velocidade do disparo varia, tipicamente, de 200 até 600fps (pés
por segundo), sendo que no Brasil é aplicado, comumente, o limite de
400fps com munição 0.20g. Os disparos nesta velocidade podem ser
sentidos pelos jogadores mas não causam maiores danos. A dor é
equivalente a um "beliscão", tipicamente menor que outras modalidades,
como o também popular Paintball. As esferas plásticas não possuem tinta
em seu interior, sendo que a atividade é balizada pelo sistema de HONRA,
sendo que cada jogador é responsável por se acusar quando atingido. Tal
sistema tem funcionado muito bem no Brasil, especialmente devido ao
fato de que somente maiores de idade participam dos jogos.
O usuário pode, alternativamente a aquisição no mercado nacional
(cerca de 5x a 10x mais caro que compradas do exterior), importar seu
próprio equipamento. Para tanto deve providenciar uma licença no
Exército (CII), que custa R$ 35,00 e demora entre 1 a 3 meses para ser
deferida. Sem tal autorização a importação é ilegal, impedindo o jogador
de participar dos jogos e, adicionalmente, podendo causar problemas
legais como a retenção e destruição do equipamento, além de processo
administrativo perante o Exército e também processo judicial caso ocorra
o descaminho (não pagamento de tributos). Maiores informações sobre a
licença de importação podem ser obtidas no site do Exército.
FONTE: Wikipédia